Angola Sedia Debate Sobre Crimes Contra a Vida Selvagem e Seus Impactos no Clima
O pavilhão de Angola foi o cenário de um debate crucial neste sábado, focando-se em questões de biodiversidade e mudança climática, com ênfase particular nos crimes contra a vida selvagem e suas consequências ambientais e de saúde pública.
O evento, integrado à agenda da COP28, contou com a participação da secretária de Estado para a Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável, Paula Francisco Coelho, num painel intitulado “Explorando o nexo entre crimes selvagens e mudanças climáticas”. A discussão centrou-se na intersecção dos impactos dos crimes contra a vida selvagem no meio ambiente e no clima global.
Paula Francisco Coelho lembrou que, em maio de 2022, Angola, juntamente com Quénia e Peru, apresentou uma proposta de resolução à Comissão das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal. A resolução, adotada por consenso e co-patrocinada por outros 13 Estados-membros, convida os países a considerarem o potencial de um novo acordo global para combater o tráfico de vida selvagem.
O debate, enriquecido pela contribuição da Iniciativa Global para acabar com o Crime contra a Vida Selvagem e a Fundação Iniciativa de Protecção aos Elefantes EPI, destacou a perda de biodiversidade resultante de crimes não regulamentados contra a vida selvagem. Paula Francisco Coelho salientou que esta perda não é apenas uma ameaça aos ecossistemas africanos, às comunidades locais e à identidade nacional, mas também tem um impacto significativo no clima.
Este evento sublinha a posição de Angola como um ator ativo na luta global contra o tráfico de vida selvagem e na busca de soluções para os desafios climáticos enfrentados a nível global. A iniciativa reflete o compromisso do país em abordar questões ambientais críticas, tanto no âmbito nacional quanto internacional, e destaca a importância de uma ação coletiva para proteger a biodiversidade e combater as mudanças climáticas.