Inauguração do Aeroporto Dr. António Agostinho Neto Eleva Padrão Aeronáutico de Angola

Após a inauguração do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN) pelo Presidente da República, João Lourenço, em 10 de Novembro, especialistas consideram que a nova infraestrutura pode elevar Angola a um nível apropriado de desenvolvimento aeronáutico. O antigo controlador de tráfego aéreo do Aeroporto Craveiro Lopes, Domingos Gusmão Coelho, com 81 anos, compartilhou suas expectativas com o Jornal de Angola, destacando que o novo aeroporto deve atender às recomendações e exigências internacionais.

Domingos Coelho, com uma carreira de 24 anos nos aeroportos Craveiro Lopes e 4 de Fevereiro, enfatizou a importância de o AIAAN estar equipado com tecnologia avançada para responder às demandas atuais do tráfego aéreo. Ele relembrou momentos históricos da sua carreira, incluindo a aterragem do avião Concorde em 1973, que marcou um incidente diplomático entre a Inglaterra e Portugal.

O Aeroporto 4 de Fevereiro, inaugurado em 1954 e renomeado após a independência de Angola, tem sido o principal aeroporto do país. No entanto, segundo Coelho, já atingiu seu potencial máximo de crescimento. Ele destacou a necessidade de um novo aeroporto para evitar situações críticas e promover uma gestão mais eficiente do espaço aéreo.

O AIAAN, com um investimento de 2,8 mil milhões de dólares e financiamento da China de 1,4 mil milhões de dólares, está localizado a 42 quilómetros de Luanda e tem capacidade para receber o maior avião comercial do mundo, o Airbus A380. Projetado para transportar cerca de 15 milhões de passageiros por ano, o aeroporto possui duas pistas paralelas e várias placas para diferentes funcionalidades, incluindo manutenção e carga.

O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, afirmou que o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro continuará operacional para voos especiais e atividades de transporte aéreo não comercial. Ele ressaltou que o investimento no AIAAN é proporcional à sua relevância e retorno esperado para a economia angolana.