Angola participa no Retiro sobre a Agenda 2063
Angola participa, desde domingo até amanhã, no Retiro Ministerial sobre a Agenda 2063, que decorre no Centro Internacional de Convenções de Kigali, capital do Rwanda.
O encontro aprecia as linhas estratégicas para a mobilização de recursos, os respectivos projectos emblemáticos e as disposições de implementação dos planos nacionais de desenvolvimento.
O Retiro Ministerial contará com uma apresentação de alto nível das principais conclusões, lições aprendidas e recomendações de avaliação do primeiro plano decenal de implementação, bem como das ambições e principais prioridades da segunda década da Agenda 2063.
O papel de coordenação da Agenda 2063 a nível nacional na maioria dos Estados-membros da União Africana foi assumido pelos ministérios e entidades responsáveis pelo planeamento nacional.
De acordo com uma nota, a avaliação revela que, embora a função de supervisão seja relativamente forte, os mecanismos de coordenação e implementação são pouco eficazes.
Na ausência de disposições institucionais específicas para a execução da Agenda 2063, lê-se na nota, o êxito desse processo no continente depende do grau de integração e das capacidades nacionais de coordenação da implementação das prioridades a nível nacional e mundial.
Angola participa no evento com uma delegação encabeçada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, e integrada pelo secretário de Estado para o Planeamento, Milton Reis, o embaixador angolano no Rwanda, Eduardo Octávio, e o embaixador na Etiópia e junto da União Africana, Miguel César Domingos Bembe.
Estruturado em cinco painéis, a reunião começou, ontem, a reflectir sobre o segundo plano decenal de implementação da Agenda 2063.
Neste painel, o secretário de Estado para o Planeamento, Milton Reis, disse que a Agenda 2063 e os seus objectivos são menos conhecidos pela população em geral, limitando-se ao nível dos políticos e técnicos.
Segundo Milton Reis, esta situação pressupõe uma fraca apropriação a nível nacional e local.
Milton Reis referiu que Angola defende a importância de dar primazia ao papel da mulher e da juventude, na consecução dos vários projectos a serem executados em cada decénio, para desencadear o potencial demográfico composto por estas duas dimensões da população africana.