Luanda será palco do Fórum Pan-Africano para a Cultura da Paz e Não-Violência

Luanda está prestes a receber a terceira edição do Fórum Pan-Africano para a Cultura da Paz e Não-Violência, que ocorrerá de 22 a 24 de novembro. O anúncio foi feito após a primeira reunião da Comissão Multissetorial encarregada de preparar o evento, presidida pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote.

Este ano, o lema do evento em Luanda será “Educação, Cultura da Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento Sustentável do Continente”. A União Africana, a República de Angola e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) serão os principais intervenientes.

Adriano Mixinge, consultor da ministra de Estado Dalva Ringote para a Bienal de Luanda, destacou que a plataforma tem como objetivo fortalecer os objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e as aspirações da Agenda 2063 da União Africana, em particular a iniciativa “Silenciar as Armas até 2030”. Além disso, contribuirá para a implementação da “Estratégia Operacional da UNESCO para a Prioridade África 2022-2029”.

O programa do evento incluirá a cerimônia de abertura, diálogos intergeracionais entre líderes e jovens, fóruns temáticos e sessões com parceiros. Haverá também um programa cultural, com visitas a instituições artísticas, culturais, museus e locais históricos.

Os painéis de discussão abordarão temas como o papel dos jovens na promoção da cultura de paz e transformações sociais no continente africano, os desafios e oportunidades da integração africana, o crescimento econômico, a transformação dos sistemas educacionais, financiamento inovador no contexto continental, tecnologia e educação como ferramentas para alcançar a igualdade de gênero, bem como as mudanças climáticas e seus impactos éticos, adaptação e vulnerabilidade.

A Bienal de Luanda terá um formato híbrido de dois dias, combinando eventos presenciais e virtuais, visando incentivar a participação ampla. O fórum espera receber cerca de 500 convidados, incluindo chefes de Estado e de governo, comunidades econômicas regionais, organizações da sociedade civil, redes de jovens, organizações de mulheres, parceiros, agências de desenvolvimento e artistas.

A preparação para a Bienal de Luanda está em pleno andamento, com a realização recente do Fórum Internacional sobre Mulheres para a Paz e Democracia em Luanda. Os custos do evento serão compartilhados entre as três instituições organizadoras: o Governo da República de Angola, a Comissão da União Africana e a UNESCO.