A Expo-indústria pós-Covid-19 inaugural confirma a força da produção nacional.

Durante a 5ª edição da Expo-Indústria, a primeira pós-Covid, um total de 238 empresas de vários setores da indústria e serviços apresentaram suas capacidades de produção nacional em Luanda, de quarta-feira a sábado.

A participação na Expo-Indústria 2023 em Luanda, Angola, evidencia o crescimento do setor industrial no país, que se deve à implementação do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) pelo Executivo, que visa promover a produção local. Durante a exposição, que contou com a presença de 238 empresas dos setores da alimentação, agricultura, eletrónica, telecomunicações, metalurgia, construção civil, saúde, plásticos e siderurgia, o Jornal de Angola constatou o desenvolvimento do setor industrial e de prestação de serviços.

O Grupo IMEX foi premiado na categoria “Melhor Participação Expo-Indústria 2023”, juntamente com outras nove categorias, durante uma gala organizada conjuntamente pela Eventos Arena e pelo Ministério da Indústria e Comércio. Entre as empresas que se destacaram nas respetivas categorias encontram-se a Fabrimetal, Fazenda 27, Grupo Beledear, Fábrica ICC, Carrinho Empreendimentos, Indústrias Karam, Sanlam, o Governo da Província do Huambo e a Tcha Kuata.

A IMEX, que atua no mercado angolano há 20 anos, expôs os seus principais produtos, incluindo sacos de ráfia convencionais, laminados e revestidos com filme plástico interior, bem como sacos transparentes para açúcar e arroz, sacos para cimento, Big-Bags, sacos de leno e ráfia Bopp, tintas, colchões e tubos PV para construção civil. A coordenadora de Marketing da IMEX, Bernarda Xavier, destacou que o grupo tem desenvolvido vários tipos de negócios para apoiar o desenvolvimento da indústria nacional, incluindo uma linha de montagem de ar-condicionados e frigoríficos num investimento avaliado em mais de quatro milhões de dólares.

O empresário Reis Lourenço destacou que a Expo-Indústria e a iniciativa “Feito em Angola” demonstram que o Executivo está empenhado no desenvolvimento e crescimento da economia nacional. Segundo ele, a política de diversificação da economia adotada pelo Executivo está a permitir o crescimento da economia nacional, com o aumento da produção interna. No entanto, Lourenço ressaltou que é necessário mais investimento na indústria para galvanizar a economia do país, no quadro da política de limitação das importações e aumento das exportações. O acesso ao crédito bancário também é um problema que deve ser resolvido para facilitar a concretização dos planos de negócios dos empresários. Lourenço defende a criação de políticas que facilitem o financiamento das micro, pequenas e médias empresas, que são as que mais geram empregos no mundo e são fundamentais para a economia angolana.