Namíbia Busca Aprender com Experiência Eleitoral de Angola

A Namíbia demonstrou interesse em aprofundar seu entendimento sobre a gestão dos processos eleitorais em Angola, conforme relatado por Lucas Quilundo, porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola, durante uma coletiva de imprensa realizada em Luanda.

Uma delegação liderada por Elsie Nghikembua, presidente da Comissão Eleitoral da Namíbia, está programada para uma visita de seis dias a Angola. O objetivo é adquirir conhecimento sobre as práticas, infraestrutura e operações da contraparte angolana, com foco em áreas como recrutamento, treinamento de agentes eleitorais, gestão de riscos eleitorais e institucionais.

Quilundo detalhou que a agenda da delegação incluirá tópicos como registro eleitoral, composição dos cadernos eleitorais, uso de tecnologia nos processos eleitorais, relações com a mídia e partidos políticos, gestão de recursos humanos, auditoria e responsabilidade financeira na CNE.

Adicionalmente, a visita prevê uma análise prática, com viagens programadas às Comissões Provinciais Eleitorais do Bengo e Cuanza-Sul, escolhidas não por sua superioridade organizacional, mas por sua proximidade com Luanda e a agenda compacta da delegação namibiana.

O interesse da Namíbia em aprender com Angola, segundo Quilundo, é um testemunho do sucesso que Angola experimentou em suas eleições gerais de agosto de 2022 e em eventos eleitorais anteriores. “Quem organiza cinco processos eleitorais de forma cíclica e consecutiva tem algo a compartilhar,” afirmou, enfatizando que as lições e desafios acumulados ao longo desses ciclos resultaram em um processo eleitoral mais maduro.

Além disso, ele destacou a eficiência de Angola na divulgação rápida dos resultados eleitorais, comparável às nações com sistemas muito mais avançados, como um dos pontos fortes que a Namíbia espera entender e, possivelmente, replicar.

Essa iniciativa representa não apenas uma oportunidade para a Namíbia aprender com as experiências de Angola, mas também uma chance para ambos os países fortalecerem laços e promoverem a estabilidade e transparência eleitoral na região.