Angola Defende a Continuação da Cooperação entre as Forças Armadas da SADC

O General Gouveia de Sá Miranda, Inspector-Geral da Defesa Nacional, enfatizou a importância da cooperação contínua entre as Forças Armadas no âmbito da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Africana (UA) durante uma reunião realizada na sexta-feira em Luanda.

No encerramento do Exercício Nguizani Logex/2023, realizado entre 25 de setembro e 6 de outubro sob o lema “África pela paz e prosperidade”, o General Sá Miranda ressaltou que os exercícios militares podem contribuir para mitigar os fatores de instabilidade ainda presentes em África.

O exercício da SADC contou com a participação de 462 efetivos, incluindo 338 militares, 54 policiais e 70 civis de 16 países da organização regional africana. O General Sá Miranda expressou sua satisfação por receber delegações das Forças Armadas da SADC e deixou a porta aberta para futuros exercícios que visem fortalecer o sistema logístico da comunidade.

Ele enfatizou a importância das Forças Armadas na arquitetura dos Estados, destacando seu papel na manutenção da soberania nacional e da integridade territorial dos países, especialmente durante os primórdios das independências. Além disso, ressaltou a oportunidade de as Forças Armadas se ajustarem à nova realidade em tempos de paz, modernizando-se com as melhores práticas em armamento, técnica e equipamentos militares.

O General Sá Miranda observou que a realização dos exercícios Logex ocorreu após a 43ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da SADC, enfatizando que isso fortalecerá ainda mais as relações de amizade e cooperação entre os países da região, permitindo respostas mais dinâmicas aos eventos políticos, econômicos, militares e sociais globais.

Raymond Ndwandwe, representante do Secretariado da SADC, destacou que os exercícios logísticos refletiram o compromisso com a cooperação, prosperidade e segurança na região. Ele ressaltou as “boas relações” desenvolvidas durante o Logex entre as nações participantes e a importância de melhorar a capacidade operacional da Força em Estado de Alerta da SADC. Ndwandwe acredita que esses exercícios podem contribuir para uma maior competência na resolução de conflitos na região e em todo o continente africano, apesar dos desafios enfrentados durante o processo.